¿Es bueno sinónimo de sano? La relación entre el pueblo indígena Arara y la alimentación de la sociedad no indígena

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.20435/inter.v26i1.4621

Palabras clave:

pueblo Ugoro'gmó – Arara, cultura alimentaria, políticas públicas, alimentación escolar

Resumen

Los Arara – Ugorog'mó son un grupo de lengua Karib que habita la cuenca del río Iriri, en Pará. Antes del contacto con la sociedad circundante, en la década de 1980, vivían como nómadas, cazando y recolectando. Tras el contacto, sus grupos se asentaron y la agricultura, promovida por la Fondación Nacional del Indio como técnica de sedentarización, se convirtió en una de sus principales actividades de subsistencia. Desde entonces, los arara han ido transformando sus hábitos alimentarios, sustituyendo progresivamente su dieta tradicional por alimentos procedentes de la ciudad. Este proceso ha repercutido en la salud de los arara, además de erosionar los conocimientos tradicionales sobre los alimentos que consumía el pueblo antes del contacto. La investigación a partir de la cual se elaboró este artículo tuvo como objetivo analizar el concepto que tienen los arara sobre el término "saludable" y su repercusión en su dieta. Utilizando métodos mixtos, se realizo una encuesta com niños y jóvenes para captar sus percepciones sobre las comidas escolares que reciben y consumem em las escuelas de cuatro pueblos. La investigación concluye que los arara no diferencian entre alimentos sanos y no sanos, por lo que existe un paralelismo entre la situación de exclusión participativa comentada por Chakrabarty (2008) y el cambio de hábitos alimentarios que conduce a la proliferación de enfermedades crónicas no transmisibles entre las poblaciones indígenas.

Biografía del autor/a

Leonardo Halszuk Luiz de Moura, Universidade de Brasília (UnB)

Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural pela Universidade de Brasília (UnB). Engenheiro florestal formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Faz parte do Instituto Socioambiental e trabalha há 10 anos com os povos indígenas da região do Médio Xingu, em Altamira (PA). Nos últimos anos, tem se dedicado ao estudo da alimentação tradicional de diferentes grupos indígenas e trabalhado para sua introdução na alimentação escolar.

E-mail: leodemoura@socioambiental.org

Janaína Deane de Abreu Sá Diniz , Universidade de Brasília (UnB)

Doutora em Ciências de Gestão pela Universidade Aix-Marseille (amU). Doutora em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB). Mestra em Logística e Organizações pela amU. Graduada em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Professora Associada na UnB, campus Planaltina, nos Programas de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural (PPG-Mader) e em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais (PPG-PCTs).

Citas

ASSOCIAÇÃO UGORO’GMÓ. Protocolo de Consulta do Arara Povo Indígena da TI Arara – Iwaploné Karei Emiagrin Endyt Tjimna. Altamira, 2022.

BANNA, J.; BERSAMIN, A. Community involvement in design, implementation and evaluation of nutrition interventions to reduce chronic diseases in indigenous populations in the U.S.: a systematic review. International Journal for Equity in Health, New York, v. 17, n. 1, p. 1–26, ago. 2018. Doi: http://dx.doi.org/10.1186/s12939-018-0829-6

BRASIL. Vara Federal Cível e Criminal da SSJ de Altamira-PA. Ação Civil Pública no 0003017-82.2015.4.01.3903. Assuntos: Direitos Indígenas, Terras Indígenas, Demarcação. Altamira: Vara Federal Cível e Criminal da SSJ de Altamira-PA, 14 dez. 2015. Acesso em: 20 jan. 2023.

BROWNE, J.; LOCK, M.; WALKER, T.; EGAN, M.; BACKHOLER, K. Effects of food policy actions on Indigenous Peoples’nutrition-related outcomes: a systematic review. BMJ Global Health, New York, v. 5, n. 8, p. 1–15, ago. 2020. Doi: http://dx.doi.org/10.1136/bmjgh-2020-002442

CHAKRABARTY, D. Provincializing Europe: postcolonial thought and historical difference. Princeton: Princeton University Press, 2008.

DE SOUZA, M. A.; BUSTAMANTE, P. G. O aniquilamento da agrobiodiversidade provocada pelo império agroalimentar. Revista GeoNordeste, São Cristóvão, SE, Ano XXX, n. 2, p. 88–103, out. 2019. Doi: https://doi.org/10.33360/RGN.2318-2695.2019.i2especial.p.88-103

DA SILVA, F. P. E. Capitalismo nas aldeias indígenas. Interethnica – Revista de Estudos em Relações Interétnicas, Brasília-DF, v. 22, n. 1, p. 27–44, jul. 2019. Doi: https://doi.org/10.26512/interethnica.v22i1.20906

DSEI ALTAMIRA. Censo Populacional das Aldeias Indígenas da região do Médio Xingu. Altamira, 2022.

GILLIES, C.; FARMER, A.; MAXIMOVA, K.; WILLOWS, N. D. First Nations students’ perceptions of school nutrition policy implementation: a mixed methods study. Nutrition & Dietetics, [s.l.], v. 75, n. 5, p 533–40, nov. 2018. Doi: https://doi.org/10.1111/1747-0080.12499

GILLIES, C.; BLANCHET, R.; GOKIERT, R.; FARMER, A; THORLAKSON, J.; HAMONIC, L.; WILLOWS, N. D. School-based nutrition interventions for Indigenous children in Canada: a scoping review. BMC Public Health, [s.l.], v. 20, n. 1, p. 1–12, out. 2020. Doi: https://doi.org/10.1186/s12889-019-8120-3

GONÇALVES, R. C. A diversidade sociocultural no Programa Nacional de Alimentação Escolar: uma etnografia da alimentação escolar indígena entre os Xavante de Parabubure, MT. 2012. Dissertação (Mestrado em Nutrição) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2012.

HESSE-BIBER, S. N. Mixed methods research: merging theory and practice. New York, NY: Guilford Press, 2010.

KATZ, E.; LAZOS, E. The rediscovery of native “super-foods” in Mexico. In: SEBASTIA, B. Eating traditional food: politics, identity and practices. Nova Iorque: Routledge, 2017.

LEITE, M. S. Sociodiversidade, alimentação e nutrição indígena. In: BARROS, D. C.; SILVA, D. O.; GUGELMIN, S. A. (Org.). Vigilância alimentar e nutricional para a saúde indígena. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2007. P. 181–210. [V. 1].

LEITE, M. S. Nutrição e alimentação em saúde indígena: notas sobre a importância e a situação atual. In: GARNELO, L.; PONTES, A. L. (Org.). Saúde indígena: uma introdução ao tema. Brasília: MEC-SECADI, 2012. P. 156–83,

LIPSKI, E. Traditional non‐Western diets. Nutrition in clinical practice, Los Angeles, CA, v. 25, n. 6, p. 585–93, jan. 2010. Doi: https://doi.org/10.1177/0884533610385821

MENDONÇA, S. B. M. Mudança e permanência no modo de viver, comer e adoecer entre os Khisêdjê: tecendo novas práticas, saberes e significados. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) – Escola Paulista de Medicina, Unifesp, São Paulo, 2021.

MINEIRO, S. K.; TRICHES, R. M. O papel do ambiente escolar na cultura alimentar Kaingang: o caso da Terra Indígena Rio das Cobras, PR. Interações, Campo Grande, MS, v. 19, n. 4, p. 757–71, dez. 2018. Doi: https://doi.org/10.20435/inter.v19i4.166

MOURA, L. H. L. Merenda escolar indígena e os segredos da floresta: o etnoconhecimento do povo Arara mostrando o que tem para comer na mata. 2023. Dissertação (Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural) – Universidade de Brasília, Brasília-DF, 2023.

OLIVEIRA, Z. A. Segurança alimentar nas escolas indígenas do Centro Willimon da Terra Indígena Raposa Serra do Sol-RR. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Sustentável) – Universidade de Brasília, Brasília-DF, 2013.

REYES-GARCIA, V.; VADEZ, V.; HUANCA, T.; LEONARD, W.; WILKIE, D. Knowledge and Consumption of Wild Plants: a comparative study in two Tsimane’ villages in the Bolivian Amazon. Ethnobotany Research and Applications, Tbilisi, Georgia, v. 3, p. 201–7, jan. 2005. https://ethnobotanyjournal.org/index.php/era/article/view/71. Acesso em: 12 maio 2023.

ROJAS GARZÓN, B.; YAMADA, E.; OLIVEIRA, R. Direito à consulta e consentimento de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. São Paulo: Rede de Cooperação Amazônica; Washington: Due Process of Law Foundation, 2016.

TEIXEIRA-PINTO, M. Ieipari: Sacrifício e Vida Social entre os Índios Arara (Caribe). São Paulo/Curitiba: Hucitec/Anpocs/Editora UFPR, 1997.

TEIXEIRA-PINTO, M. História e cosmologia de um contato: a atração dos Arara. In: ALBERT, B.; RAMOS, A. R. (Org.). Pacificando o branco: cosmologias do contato no Norte-Amazônico. São Paulo: Editora UNESP, 2002. Cap. 13, p. 403–29.

Publicado

2025-10-22

Cómo citar

MOURA, Leonardo Halszuk Luiz de; DINIZ , Janaína Deane de Abreu Sá. ¿Es bueno sinónimo de sano? La relación entre el pueblo indígena Arara y la alimentación de la sociedad no indígena. Interações , Campo Grande, v. 26, p. e26394641, 2025. DOI: 10.20435/inter.v26i1.4621. Disponível em: https://multitemasucdb.emnuvens.com.br/interacoes/article/view/4621. Acesso em: 20 nov. 2025.