Teor de carbono em três espécies arbóreas provenientes de reflorestamento em Mato Grosso
DOI:
https://doi.org/10.20435/multi.v0i41.285Palabras clave:
dióxido de carbono, madeira, cascaResumen
O presente trabalho teve como objetivo determinar o teor médio de carbono em diferentes partes das árvores das espécies Caixeta (Simarouba amara Aubl), Ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl) e Teca (Tectona grandis L.f.), provenientes de reflorestamento do Projeto Poço de Carbono da Peugeot, localizado no município de Cotriguaçu, Mato Grosso. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado no esquema de parcelas subdivididas com três repetições. O teor de carbono encontrado nas espécies estudadas diferiu significativamente no lenho e na casca. O maior teor de carbono na casca foi para a parte aérea das árvores, independentemente da espécie. O lenho de S. amara apresentou maior teor de carbono absorvido. Para a T. impertiginosa foi observada a melhor distribuição do teor de carbono nas diferentes partes da árvore. Nas espécies T. impetiginosa e T. grandis, o teor de carbono variou apenas em função do tipo de tecido, sendo o maior valor observado no lenho. As espécies S. amara e T. impetiginosa podem ser promissoras para reflorestamento com a finalidade de sequestro de carbono.
Citas
BUSNARDO, C. A.; GONZAGA, J. V.; BENITES, E. P.; BORSSATTO, I. Quantificação para fins energéticos da biomassa florestal de povoamentos de Eucalyptus saligna de primeira e segunda rotação. Espaço Florestal, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 37-43, jan./abr. 1985.
BROWN, S.; LUGO, A. Aboveground biomass estimates for tropical moist forest of the Brazilian Amazon. Interciencia, v. 17, n. 1, p. 8-18, 1992.
CALDEIRA, M. V. W.; SCHUMACHER, M. V. Estimativa da biomassa e conteúdo de nutrientes de um povoamento de Eucalyptus globulus (Labillardiére) sub-espécie maidenii. Revista Ciência Florestal, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 45-53, jan./abr. 2001.
DEFRIES, R. S.; HANSEN, M. C.; TOWNSHEND, J. G.; JANETOS, A. C.; LOVELAND, T. R. A new global 1-Km data set of percentage tree cover derived from remote sensing. Global Change Biology, Florida, EUA, v. 6, n. 3, p. 247-254, set./dez. 2000.
FEARNSIDE, P. M. Amazonian deforestation and global warning: Carbon stocks in vegetation replacing Brazil’s Amazon forest. Forest Ecology and Management, Florida, EUA, v. 80, n. 1, p. 21-34, jan./abr. 1996.
______. Greehouse gases from deforestation in Brazilian Amazonia: net committed emissions. Climate Change, Florida, EUA, v. 35, n. 3, p. 321-360, set./dez. 1997.
______. Homem e ambiente na Amazônia. In: A FLORESTA AMAZÔNICA NAS MUDANÇAS GLOBAIS, 2003, Manaus. Anais... Manaus: INPA, 2003. 134p.
FUNDAÇÃO BRASILEIRA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - FBDS. Emissões e remoções de dióxido de carbono por mudanças nos estoques de florestas plantadas. Brasília: Ministério de Ciência e Tecnologia, 2002. 45p.
HIGUCHI, N.; SANTOS, J.; RIBEIRO, R. J.; MINETTE, L.; BIOT, Y. Biomassa da parte da vegetação de floresta tropical úmida de terra-firme da Amazônia Brasileira. Acta Amazônica, Manaus, v. 28, n. 2, p. 153-165, 1998.
HOUGHTON, R. A.; LAWRENCE, K. T.; HACKLER, J. L.; BROWN, S. The spatial distribution of forest biomass in the Brazilian Amazon: a comparison of estimates. Global Change Biology, Florida, EUA, v. 7, n. 7, p. 731-746, 2001.
KRAENZEL, M.; CASTILLO, A.; MOORE, T.; POTVIN, C. Carbon storage of harvest age teak (Tectona grandis) plantations in Panamá. Forest Ecology and Management, Florida, EUA, v. 17, n. 3, p. 213-225, set./dez. 2003.
MARCATI, C. R.; ANGYALOSSY-ALFONSO, V.; BENETATI, L. Anatomia comparada do lenho de Copaifera langsdorffii Desf. (Leguminosae - Caesalpinoideae) de floresta e cerradão. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 24, n. 3, p. 53-61, set. 2001.
MURILLO, M. A. Almacenamiento y fijación de Carbono en ecosistemas forestales. Revista Forestal Centroamericana, Turrialba, Costa Rica, v. 19, n. 6, p. 9-12, nov./dez. 1997.
OSTERROOHT, M. VON. Manejo de sistemas agrofloretais. Agroecologia Hoje, Botucatu, v. 15, n. 1, p. 12-13, 2002.
PETER, A; MACDICKEN, K.; CHANDLER, D. Comparative inventory of sequestered carbon in a plantation of Eucalyptus camaldulensis and in 17 year-old natural regeneration in Brazil’s Cerrado In: FOREST-96. Anais... Belo Horizonte, 1996.
PIMENTEL GOMES, F. Curso de estatística experimental. Piracicaba, SP: Nobel, 1990. 468 p.
POTTER, C. S. Terrestrial biomass and the effects of deforestation on the global carbon cycle. Bioscience, Florida, EUA, v. 49, n. 4, p. 769-778, out./dez. 1999.
RADAMBRASIL. Levantamento de recursos naturais. Rio de Janeiro: Ministério das Minas e Energia, 1982. 540p. (Folha SC 21 Juruena).
SALOMÃO, C. C. Eucalipto. Vilão ou herói? Revista Brasileira de Silvicultura, São Paulo, v. 26, n. 3, p. 427-434, out. 1994.
SANTOS, S. R. M.; MIRANDA, I. S.; TOURINHO, M. M. Estimativa de biomassa de sistemas agroflorestais das várzeas do rio Juba, Cametá, Pará. Acta Amazônica, Manaus, v. 34, n. 1, p. 1-8, 2004.
SOARES, C. P. B.; OLIVEIRA, M. L. R. Equações para estimar a quantidade de carbono na parte aérea de árvores de eucalipto em Viçosa, Minas Gerais. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 16, n. 5, p. 533-539, set./out. 2002.
SOFFIATTI, P.; ANGYALOSSY-ALFONSO, V. Estudo anatômico comparativo do lenho e da casca de duas espécies de Eugenia L. (Myrtaceae). Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 22, n. 2, p. 35-46, ago. 1999.
STATSOFT. Statistica 8.0, [s.d.]. Disponível em: <http://www.statsoft.com/>. Acesso em: 29 jan. 2010.
TEDESCO, M. J. et al. Análises de solo, plantas e outros materiais. Boletim Técnico. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Agronomia, 1995. 174p.
THIBAU, C. E. Produção sustentada em florestas: conceitos e tecnologias, biomassa energética, pesquisas e constatações. Belo Horizonte: CVRD, 2000. 512p.
YU, C. M. Seqüestro de carbono florestal: oportunidades e riscos para o Brasil. Revista Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, n. 102, p. 85-101, jan./jun. 2002.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os artigos publicados na Revista Multitemas têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.