As redes de atores do Corredor Rodoviário Bioceânico “Mato Grosso do Sul – Portos do Norte do Chile”: diagnóstico e proposta de uma governança multinível
DOI:
https://doi.org/10.20435/inter.v24i4.4180Palavras-chave:
governança, América do Sul, integração de infraestrutura, Corredor Rodoviário BioceânicoResumo
O Corredor Rodoviário Bioceânico (CRB) entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile é um projeto cujo
principal objetivo é oferecer novas oportunidades de desenvolvimento para as regiões periféricas e sem
litoral do Trópico de Capricórnio. No entanto, para que ocorra uma transformação regional e necessario
mais que construir infraestrutura. Em particular, se requere uma coordenação eficaz entre os diferentes
intervenientes para alcançar o desenvolvimento. O principal objetivo deste documento é fornecer uma
explicação detalhada sobre a estrutura da rede de atores do CRB bem como propor uma abordagem de
governança potencial que facilite uma melhor coordenação entre os participantes. Por meio de uma análise
de redes sociais (ARS) exploramos a dinâmica de participação e tomada de decisão entre os diferentes atores
envolvidos. Os resultados revelaram uma baixa participação do setor privado, pouco vinculo transnacionais
(maiores interações entre atores de um mesmo país), baixa interação entre atores governamentais nacionais
e subnacionais-locais e pouco envolvimento do governo nacional na Argentina. Em relação à proposta de
governança, sugere-se a criação de duas novas mesas (Desenvolvimento Socioambiental e Segurança nas
Fronteiras), a promoção de missões empresariais com visão de integração regional e a preservação dos
avanços do Grupo de Trabalho CRB.
Referências
ACTA DECLARACIÓN DE ASUNCIÓN SOBRE CORREDORES BIOCEÁNICOS. Assunción, Paraguay, 2015.
ACTA DECLARACIÓN DE BRASILIA SOBRE CORREDORES BIOCEÁNICOS. Brasília, DF, Brasil, 2017.
BARROS, P. S; GONÇALVES, J. S. B. O protagonismo do Mato Grosso do Sul para a resiliência do Corredor
Rodoviário Bioceânico. Monções: Revista de Relações Internacionais da UFGD, v. 10, n. 19, p. 105-28, 2021.
BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Nota a la prensa n. 217. Consenso de Brasilia. Brasília, DF,
maio 2023.
COMISIÓN ECONÓMICA PARA AMÉRICA Y EL CARIBE [CEPAL]. Integración regional: hacia una estrategia de
cadenas de valor inclusivas. [s.l.]: CEPAL, 2014. Disponível em: https://www.cepal.org/pt-br/node/24749.
Acesso em: 10 jun. 2023.
COPUS, A. K.; DE LIMA, P. Territorial cohesion in rural Europe. [s.l.]: Routledge, Taylor y Francisc Group, 2015.
DANNENBERG, P.; DIEZ, J. R.; SCHILLER, D. Spaces for integration or a divide? New-generation growth corridors
and their integration in global value chains in the Global South. Zeitschrift für Wirtschaftsgeographie,
[s.l.], v. 62, n. 2, p. 135-51, 2018.
GOBIERNO DE SALTA. Tercer Foro de los Territorios Subnacionales del Corredor Bioceánico de Capricornio:
Declaración De Salta. Salta, 2023. Disponível em: https://www.semadesc.ms.gov.br/wp-content/
uploads/2023/04/Declaracion-de-Salta-Tercer-Foro-de-los-Territorios-Subancionales-el-CBC.pdf. Acesso
em: 10 jun. 2023.
DUNFORD, M.; LIU, W. Chinese perspectives on the Belt and Road Initiative. Cambridge Journal of Regions,
Economy and Society, [s.l.], v. 12, n. 1, p. 145-167, 2019.
FRANCO, L.; GONÇALVES, J. D. S. B.; ATIENZA, M.; BARROS, P. S. Redes de actores y su rol en el desarrollo
de corredores: diagnóstico y propuesta de gobernanza para el corredor bioceánico vial Mato Grosso do
Sul – puertos del norte de Chile. Brasília: Ipea, 2023. 79 p.
GRAPPI, G. Asia’s era of infrastructure and the politics of corridors: decoding the language of logistical
governance. Logistical Asia: The labour of making a world region, 2018. p. 175-98.
HOPE, A.; COX, J. Development corridors. Coffey International Development, [s.l.], n. 12, 2015.
HOWLETT, M., KEKEZ, A.; POOCHAROEN, O. O. Understanding co-production as a policy tool: Integrating
new public governance and comparative policy theory. Journal of Comparative Policy Analysis: Research
and Practice, v. 19, n. 5, p. 487-501, 2017.
KUNAKA, C.; CARRUTHERS, R. Trade and transport corridor management toolkit. [s.l.]: World Bank
Publications, 2014.
MAGENNIS, E.; CORRIGAN, J.; BLAIR, N.; BROIN, D. Ó. Planning a Dublin-Belfast Economic Corridor:
Networks, engagement and creating opportunities. Administration, [s.l.], v. 69, n. 4, p. 57-82, 2021.
ÖBERG, M. Governance structure for transport corridors. Dissertation (Doctoral) – Luleå Tekniska
Universitet, 2014.
SANGUINETTI, P.; MONCARZ, P.; VAILLANT, A, ALLUB, L.; JUNCOSA, F.; BARRIL, D.; CONT, W.; Y LALANNE, Á.
Caminos para la integración: facilitación del comercio, infraestructura y cadenas globales. de valor, 2021
SCOTT, J. W. European and North American contexts for cross-border regionalism. Regional studies, v.
, n. 7, p. 605-17. 1999.
SEQUEIRA, S.; HARTMANN, O.; KUNAKA, C. Reviving trade routes: evidence from the maputo corridor.
Sub-Saharan Africa Transport Policy Program (SSATP) discussion paper, n. 14. World Bank, 2014.
TIRONI, L. F. Harmonização de regulamentos e normas técnicas no mercosul. Revista Tempo do Mundo,
[s.l.], n. 23, p. 235–53, 2020. DOI: https://doi.org/10.38116/rtm23art9
VIRGA, T.; MIRANDA, H.; DE MARCHI, B. Integração física na Amazônia sul-americana: a inclusão das
órbitas de circulação intrarregionais na agenda pública. Revista Tempo Do Mundo, [s.l.], v. 27, p. 215-46,
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Ledys Franco, Julia De Souza Borba Gonçalves, Miguel Atienza, Pedro Silva Barros
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
