Riscos socioambientais e cultura política: algumas considerações sobre o caso brasileiro

Autores/as

  • Benilson Borinelli Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Mauro G. M. Capelari Universidade de Brasília (UnB)
  • Dayanne M. Gonçalves Universidade Estadual de Londrina (UEL)

DOI:

https://doi.org/10.20435/interações.v16i1.99

Palabras clave:

Sociedade de risco. Cultura política. Brasil.

Resumen

O artigo faz uma análise do contexto institucional e da cultura política brasileira à luz da teoria da Sociedade de Risco do sociólogo Ulrich Beck. Diversas ordens de obstáculos institucionais ao reconhecimento e enfrentamento dos riscos na realidade do país são discutidas. Ao olhar da Sociedade de Risco, temos que lidar com um novo, incerto e complexo conjunto de riscos num cenário em que pós-modernidade e barbárie se entrelaçam e, muitas vezes, se nutrem.

 

Citas

ACSELRAD, H.; MELLO, C. C. do A. Conflito social e risco ambiental: o caso de um vazamento de óleo na Baía de Guanabara. Ecología Política. Naturaleza, Sociedad y Utopia, p. 293-317, 2002.

ALTVATER, E. O preço da riqueza: pilhagem ambiental e (des)ordem mundial. São Paulo: UNESP, 1995.

ÁLVARES, A. A reavaliação que os empresários não querem. Le Monde Diplomatique Brasil, 2010. Entrevista concedida a Silvio Caccia Bava. Disponível em: <http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=652>. Acesso em: 20 jun. 2011.

ALVAREZ, S.; DAGNINO, E.; ESCOBAR, A. O cultural e o político nos movimentos sociais latino-americanos. In: ALVAREZ, S.; DAGNINO, E.; ESCOBAR, A. (Org.). Cultura e política nos movimentos sociais latino-americanos: novas leituras. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2000.

BECK, U. Risk society: towards a new modernity. Londres: Sage Publications, 1992.

______. Liberdade ou capitalismo: Ulrich Beck conversa com Johannes Willms. São Paulo: Editora UNESP, 2003.

BORINELLI, B.; LANZA, F. Cultura, democracia e questão socioambiental no Brasil. Serviço Social em Revista (Online), v. 11, p. 5, 2008.

BORINELLI, B. Um fracasso necessário: política ambiental em Santa Catarina e debilidade institucional. 1998. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, 1998.

BRASIL. Ministério da Saúde. Desastres no Brasil: análise da ocorrência de desastres de origem natural no Brasil, no ano de 2010. 2011. Disponível em: <http://pisast.saude.gov.br:8080/pisast/saude-ambiental/vigidesastres/vigidesastres>. Acesso em: 20 jun. 2012.

DESAI, U. Institutions and Environmental Policy in Developed Countries. In: DESAI, U. Environmental Politics and Policy in Industrialized Countries. Massachusetts: MIT Press, 2002.

DRYZEK, J. S.; DUNLEAVY, P. Theories of the Democratic State. London: Palgrave Macmillan, 2009.

FREITAS, C. M. Ciência para a sustentabilidade e a justiça ambiental. In: ACSELRAD, H.; HERCULANO, S.; PÁDUA, J. A. (Org.). Justiça ambiental e cidadania. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2004.

GIDDENS, A. As consequências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1991.

GOLDBLATT, D. Social Theory and the Environment. London: Polity Press, 1996.

GUIVANT, J. S. A Teoria da Sociedade de Risco de Ulrich Beck: entre o diagnóstico e a profecia. Estudos Sociedade e Agricultura, n. 16, p. 95-112, 2001.

______. Reflexividade na Sociedade de Risco: conflitos entre leigos e peritos sobre agrotóxicos. In: HERCULANO, S. C.; PORTO, M. F. S.; FREITAS, C. M. (Org.). Qualidade de vida e riscos ambientais. Niterói: Ed. UFF, 2000.

HANNIGAN, J. Environmental Sociology. London: Routledge, 1996.

HAY, C. Environmental Security and State Legitimacy. Capitalism, Nature, Socialism, v. 5, n. 1, 1994.

LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

LEFF, H. Ecologia, capital e cultura: racionalidade ambiental, democracia participativa e desenvolvimento sustentável. Blumenau, SC: Edifurb, 2001.

LEROY, P.; BLOWERS, A. Political Modernisation, Environmental Policy and Political Inequality, 1998. mimeo.

MAJONE, G. Regulating Europe. Londres: Routledge, 1996.

MOL, A. P. J. A globalização e a mudança dos modelos de controle e poluição industrial: a teoria da modernização ecológica. In: HERCULANO, S. C.; SOUZA PORTO, M. F. de; FREITAS, C. M. de (Org.). Qualidade de vida e riscos ambientais. Niterói, RJ: EdUFF, 2000.

PÁDUA, J. A. Ecologia e política no Brasil. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1987.

RAMOS, L. F. A. Meio ambiente e meios de comunicação. São Paulo: Annablume, 1995.

REIS, J. C. As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. São Paulo: Editora da FGV, 2001.

Publicado

2015-11-25

Cómo citar

Borinelli, B., Capelari, M. G. M., & Gonçalves, D. M. (2015). Riscos socioambientais e cultura política: algumas considerações sobre o caso brasileiro. Interações (Campo Grande), 16(1). https://doi.org/10.20435/interações.v16i1.99