Aspectos legais da pesca artesanal do camarão sete-barbas no município de Penha, SC: o papel do defeso
DOI:
https://doi.org/10.20435/inter.v19i3.1581Keywords:
gestão pesqueira, defeso, legislação pesqueira.Abstract
Buscando contribuir para a gestão da pesca artesanal, foram avaliados os aspectos legais da atividade no município de Penha, SC, com destaque ao defeso do camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri). Identificaram-se 36 normas que regulamentam a atividade, muitas das quais são ineficazes. A alteração do defeso é a principal reivindicação dos pescadores; constatou-se ainda que a maioria dos trabalhadores que recebem o seguro-defeso não teriam direito ao benefício, pois atuam na preparação do pescado.
References
BAIL, G. C.; BRANCO, J. O. Pesca artesanal do camarão sete-barbas: uma caracterização sócio-econômica na Penha, SC. Brazilian Journal of Aquatic Science and Technology, Itajaí, v. 11, n. 2, p. 25-32, 2007.
BRANCO, J. O. Biologia e pesca do camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri (Heller) (Crustacea, Penaeidae), na Armação do Itapocoroy, Penha, Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, PR, v. 22, n. 4, p. 1050-62, 2005.
BRANCO, J. O. et al. Distribuição espaço-temporal das capturas do camarão sete-barbas na Armação do Itapocoroy, Penha, SC. Boletim do Instituto de Pesca, São Paulo, v. 39, n. 3, p. 237-50, 2013.
BRASIL. Ministério da Pesca e Aquicultura. Mapa da Pesca e da Aquicultura no Brasil. 2015a. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2015/03/ministerio-da-pesca-quer-quadruplicar-producao-aquicola-no-brasil>. Acesso em: 20 fev. 2017.
______. Decreto n. 8.424, de 31 de março de 2015. Regulamenta a Lei n. 10.779, de 25 de novembro de 2003, para dispor sobre a concessão do benefício de seguro-desemprego, durante o período de defeso, ao pescador profissional artesanal que exerce sua atividade exclusiva e ininterruptamente. 2015b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/decreto/D8424.htm>.
______. Ministério da Pesca e Aquicultura. Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura 2011. Brasília: Ministério da Pesca e Aquicultura, 2011.
CALDEIRA, G. A.; MAFRA, T. V.; MALHEIROS, H. Z. Limites e possibilidades para a gestão participativa da pesca no litoral do Paraná, sul do Brasil: experiências do Projeto “Nas Malhas da Inclusão”. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiba, PR, v. 36, p. 331-53, abr. 2016.
CAPELLESSO, A. J.; CAZELLA, A. A. Pesca artesanal entre crise econômica e problemas socioambientais: estudo de caso nos municípios de Garopaba e Imbituba (SC). Ambiente & Sociedade, São Paulo, v. 14, n. 2, p. 15-33, jul./dez. 2011.
CUNHA, E. J.; CALLOU, A. B. F. Políticas públicas e capital social para o desenvolvimento local da pesca e da aquicultura no Vale do Piancó, Paraíba. Interações, Campo Grande, MS, v. 14, n. 2, p. 237-50, jul./dez. 2013.
DIEGUES, A. C. S. O mito moderno da natureza intocada. 3. ed. São Paulo: NUPAUB, 2001. 161p.
ELER, M. N.; MILLANI, T. J. Métodos de estudos de sustentabilidade aplicados a aquicultura. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, MG, v. 36, suplemento especial, p. 33-44, 2007.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS (FAO). The State of World Fisheries and Aquaculture 2016. Contributing to food security and nutrition for all. Rome: FAO. 2016. 200p.
______. FAO no Brasil. Memória de Cooperação Técnica. 2013. Disponível em: <https://www.fao.org.br/download/LivroFAOBrasilMemoriaCooperacaoTecnica.pdf>.
FRANCO, A. C. N. P. et al. Levantamento, sistematização e análise da legislação aplicada ao defeso da pesca de camarões para as regiões sudeste e sul do Brasil. Boletim do Instituto de Pesca, São Paulo, v. 35, n. 4, p. 687-99, 2009.
GILLETT, R. Marine fishery resources of the Pacific Islands. Rome: Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), 2010.
______. Global study of shrimp fisheries. Rome: Food and Agriculture Organization of the United Nations, 2008.
GRABOWSKI, R. C. Dinâmica populacional do camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Crustacea: Decapoda) na Baía da Batitonga, Estado de Santa Catarina. 2012. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” (UNESP), Botucatu, SP, 2012.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Perfil dos Municípios Brasileiros 2014. Rio de Janeiro: IBGE, 2015.
JENTOFT, S. et al. Fisheries co-management and legal pluralism: how an analytical problem becomes an institution alone. Human Organization, v. 68, n. 1, p. 27-38, 2009.
JENTOFT, S. Limits of governability: Institutional implications for fisheries and coastal governance. Marine Policy, v. 31, n. 4, p. 360-70, jul. 2007.
MÜLLER, F.; BURKHARD, B. The indicator side of ecosystem services. Ecosystem Services, v. 1, n. 1, p. 26-30, 2012.
PEDÓ, J. C. J.; SANTOS, U. A. F. Concessão do seguro defeso: uma influência na vida do pescador. Caderno de Graduação-Ciências Humanas e Sociais-UNIT, Aracaju, SE, v. 2, n. 3, p. 183-94, 2015.
PORTAL DA TRANSPARÊNCIA. Governo Federal. Pescador artesanal por estado/município. Disponível em: <http://www.portaltransparencia.gov.br/defeso/defesoListaEstados.asp>. Acesso em: 20 dez. 2016.REBOUÇAS, G. N.; FILARDI, A. C. L.; VIEIRA, P. F. Gestão integrada e participativa da pesca artesanal: potencialidades e obstáculos no litoral do Estado de Santa Catarina. Ambiente & Sociedade, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 83-104, jul./dez. 2006.
SANTOS, M. C. F.; BRANCO, J. O.; BARBIERI, E. Biologia e pesca do camarão sete-barbas nos estados nordestinos brasileiros onde não há regulamentação do período de defeso. Boletim do Instituto de Pesca, São Paulo, v. 39, n. 3, p. 217-35, 2013.
SILVA, A. P. Pesca artesanal brasileira. Aspectos conceituais, históricos, institucionais e prospectivos. Palmas, TO: Embrapa Pesca e Aquicultura, 2014.
SOUZA, A. S. de.; LOBATO, A. B.; CAMARGO, S. A. F. de. Usos e costumes na comercialização de pescado no município de Manaus (AM): aspectos do meio ambiente do trabalho no porto e na feira da Panair. In: CONGRESSO NACIONAL DO CONPEDI, 12., 2007, Belo Horizonte, MG. Anais... Belo Horizonte: COMPEDI, 2007.
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI). Boletim Estatístico da Pesca Industrial de Santa Catarina, Itajaí, SC, v. 13, n. 1, 2013.
VASCONCELLOS, M.; DIEGUES, A. C.; SALES, R. R. de. Limites e possibilidades na gestão da pesca artesanal costeira. In: Costa, A. (Org.). Nas redes da pesca artesanal. Brasília: IBAMA/PNUD, 2007, p. 15-84. v. 1.
VASQUES, R. O.; COUTO, E. C. G. Percepção dos pescadores quanto ao estabelecimento do período de defeso da pesca de arrasto para a região de Ilhéus (Bahia, Brasil). Revista de Gestão Costeira Integrada, v. 11, n. 4, p. 479-85, 2011.
VIANNA, L. F. de N.; BONETTI, J.; POLETTE, M. Gestão costeira integrada: análise da compatibilidade entre os instrumentos de uma política pública para o desenvolvimento da maricultura e um plano de gerenciamento costeiro no Brasil. Revista de Gestão Costeira Integrada, v. 12, n. 3, p. 357-72, 2012.
VON BENDA-BECKMANNN, F.; VON BENDA-BECKMANNN, K. The dynamics of change and continuity in plural legal orders. The Journal of Legal Pluralism and Unofficial Law, v. 38, n. 53-4, p. 1-44, 2006.
ZHAO, M. et al. Women as visible and invisible workers in fisheries: A case study of Northern England. Marine Policy, v. 37, p. 69-76, jan. 2013.
Downloads
Additional Files
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.